De acordo com o especialista Alex Nabuco dos Santos, a crescente frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como inundações, secas prolongadas e ondas de calor, impõem um novo paradigma à engenharia civil. A busca por imóveis resilientes não é mais uma opção, mas uma necessidade urgente para proteger vidas, patrimônios e garantir a continuidade das operações.
Este conceito de construções preparadas para eventos climáticos extremos envolve muito mais do que a simples adaptação; exige uma visão de longo prazo sobre o risco e a sustentabilidade.
Se você quer saber tudo sobre propriedades resilientes para se resguardar de eventos climáticos, prossiga com a leitura.
A estrutura fundacional dos imóveis resilientes
A resiliência de um imóvel começa na sua fundação e no local de sua implantação. A escolha do terreno deve considerar a elevação do nível do mar, o histórico de inundações e a geologia local.
No projeto estrutural, a adoção de materiais com maior resistência à água e ao vento é crucial. Para áreas propensas a inundações, por exemplo, o uso de concreto e alvenaria resistentes à umidade em vez de drywall ou materiais porosos no térreo é fundamental. Em regiões de ventos fortes, como em áreas costeiras, o reforço estrutural e o uso de coberturas firmemente fixadas são essenciais para evitar danos catastróficos.

Como alude o especialista Alex Nabuco dos Santos, a implementação de sistemas de drenagem eficientes ao redor do imóvel e o uso de pavimentos permeáveis no entorno minimizam a sobrecarga da rede pluvial e a infiltração.
Sistemas de Proteção e Eficiência Energética
Um aspecto central dos imóveis resilientes é sua capacidade de se autossustentar ou minimizar danos durante um evento de crise. Isso envolve:
- Captação e Reuso de Água: Cisternas para captação de água da chuva garantem uma reserva não potável durante períodos de seca. Sistemas de reuso de águas cinzas reduzem a dependência do abastecimento público;
- Energia Solar e Baterias: A instalação de painéis solares com sistemas de armazenamento de energia (baterias) permite que o imóvel mantenha sistemas essenciais (iluminação, refrigeração, comunicação) funcionando em caso de blackout prolongado;
- Materiais de Isolamento Térmico: Em regiões de ondas de calor extremas, o isolamento térmico avançado em telhados e paredes reduz a necessidade de ar-condicionado, diminuindo o consumo de energia e mantendo o conforto interno.
Como ressalta o empresário Alex Nabuco dos Santos, o design passivo, que utiliza ventilação natural e sombreamento estratégico, é uma técnica antiga, mas essencial para construções preparadas para eventos climáticos extremos.
Resiliência comunitária e normas construtivas
A resiliência não é apenas sobre o imóvel individual, mas sobre o ambiente em que ele está inserido. O mercado imobiliário e as autoridades públicas devem trabalhar em conjunto para desenvolver códigos de construção mais rigorosos que contemplem os cenários climáticos futuros.
Como comenta o especialista Alex Nabuco dos Santos, a certificação de imóveis resilientes e a oferta de seguros com melhores condições para empreendimentos certificados incentivam a adoção de práticas construtivas mais seguras. O futuro das construções preparadas para eventos climáticos extremos passa pela urbanização planejada, que respeita áreas de risco e investe em infraestrutura verde.
Qual é o preço de não ter um imóvel resiliente?
Embora a construção de Imóveis Resilientes possa ter um custo inicial maior, o custo da inação e da não-resiliência é exponencialmente superior. Danos estruturais, interrupção de serviços, custos de reparo e, o mais importante, a perda de vidas humanas tornam o investimento em resiliência uma medida economicamente sensata e eticamente obrigatória.
Para o setor, a transparência sobre os riscos climáticos e as medidas de resiliência implementadas agrega valor ao imóvel, tornando-o mais seguro e atrativo no longo prazo. Como pontua Alex Nabuco dos Santos, essa é a nova fronteira da qualidade na construção civil.
Autor: Terry Devinney

