O ultrassom de articulações tem ganhado espaço como uma ferramenta essencial para o diagnóstico de diversas condições musculoesqueléticas. Segundo a Dra. Thaline Neves, essa tecnologia permite uma análise detalhada das estruturas articulares sem exposição à radiação, tornando-se uma opção segura e eficaz.
Isto posto, o exame pode ser solicitado em casos de dor, inchaço ou limitação de movimento, especialmente quando há suspeita de inflamações, lesões ou acúmulo de líquido. Pensando nisso, continue a leitura para entender quando o ultrassom de articulações é indicado, quais doenças ele pode ajudar a identificar e como esse exame pode contribuir para a sua saúde articular.
O que é o ultrassom de articulações e como ele funciona?
O ultrassom de articulações é um exame de imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência para criar imagens das estruturas internas das articulações, como tendões, ligamentos, músculos, bursas e a cápsula articular. Aliás, diferente de outros métodos, ele não utiliza radiação, o que o torna indicado para públicos sensíveis, como gestantes e idosos, de acordo com a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves.

Tendo isso em vista, esse tipo de ultrassonografia é particularmente eficaz na detecção de alterações superficiais, sendo ideal para avaliar áreas como ombros, joelhos, punhos, tornozelos e cotovelos. O exame pode ser feito com o paciente em repouso ou em movimento, o que aumenta a capacidade de identificar lesões funcionais, como as que só aparecem durante determinada ação ou movimento articular.
Essa capacidade de capturar alterações dinâmicas permite uma análise mais completa, oferecendo dados que complementam outros exames clínicos e laboratoriais. Dessa forma, se trata de uma ferramenta valiosa tanto para o diagnóstico quanto para o acompanhamento de tratamentos em andamento, conforme menciona Thaline Neves.
Quais doenças podem ser detectadas pelo ultrassom de articulações?
O ultrassom articular tem aplicações amplas no diagnóstico de condições inflamatórias e mecânicas que afetam as articulações. Entre as principais doenças que podem ser identificadas estão:
- Artrite reumatoide: permite visualizar sinovite, espessamento da membrana sinovial e derrames articulares em fases iniciais da doença.
- Osteoartrite: avalia alterações degenerativas, como acúmulo de líquido e irregularidades nas superfícies ósseas.
- Bursite: identifica inflamações nas bursas, com presença de líquido excessivo e alterações inflamatórias.
- Tendinites e tenossinovites: analisa inflamações nos tendões e suas bainhas, muito comuns em quem realiza movimentos repetitivos.
- Lesões ligamentares: auxilia no diagnóstico de entorses e rupturas parciais.
Esses achados ajudam a diferenciar quadros inflamatórios de lesões mecânicas, sendo fundamentais para a escolha do tratamento adequado, como destaca a Dra. Thaline Neves. O exame também pode ser utilizado como guia para procedimentos, como infiltrações articulares ou punções de líquido sinovial.
Quando o ultrassom articular deve ser solicitado?
O ultrassom de articulações pode ser indicado em diferentes situações clínicas. A solicitação médica depende dos sintomas apresentados e da suspeita clínica. Veja a seguir alguns cenários comuns em que o exame é recomendado:
- Dor articular persistente: especialmente quando há suspeita de inflamação ou lesão.
- Inchaço ou aumento de volume: pode indicar acúmulo de líquido ou inflamações nas bursas ou articulações.
- Restrição de movimentos: contribui para identificar alterações funcionais em tempo real.
- Monitoramento de doenças reumatológicas: auxilia no acompanhamento da resposta ao tratamento em casos de artrite ou lúpus.
- Pós-trauma: avalia lesões ligamentares, contusões e presença de hematomas.
Aliás, o exame é também útil para confirmar ou excluir hipóteses diagnósticas de maneira rápida e segura, o que torna sua utilização cada vez mais comum em clínicas ortopédicas, reumatológicas e até em pronto-atendimentos.
O exame substitui outros métodos de imagem?
Embora seja bastante eficiente, o ultrassom de articulações não substitui exames como a ressonância magnética ou tomografia em todos os casos. De acordo com Thaline Neves, ele atua como um exame complementar, especialmente útil para diagnósticos rápidos, avaliação de estruturas superficiais e acompanhamento de patologias crônicas.
Porém, em situações onde é necessário avaliar estruturas profundas, como medula óssea ou articulações de difícil acesso, outros métodos podem ser mais indicados. No entanto, o ultrassom se destaca por sua praticidade, sendo amplamente utilizado por médicos ortopedistas, reumatologistas e fisiatras.
Um recurso valioso para o cuidado com as articulações
Em resumo, o ultrassom de articulações é uma ferramenta versátil, segura e eficaz para o diagnóstico de diversas doenças que afetam as articulações. Dessa maneira, a sua utilização contribui para uma abordagem mais precisa e humanizada, garantindo conforto ao paciente e mais agilidade na definição de condutas terapêuticas. Logo, por ser acessível e livre de riscos, é uma excelente opção para a avaliação clínica contínua, especialmente em casos crônicos.
Autor: Terry Devinney